Os lobos terríveis (em inglês, dire wolves, nome científico Aenocyon dirus) são animais pré-históricos reais que viveram na América do Norte e do Sul durante o período Pleistoceno, há cerca de 250 mil a 10 mil anos atrás. Eles são frequentemente confundidos com lobos modernos (Canis lupus), mas na verdade pertencem a um gênero diferente e eram maiores, mais robustos e com mandíbulas mais poderosas. Recentemente os cientistas da empresa de biotecnologia Colossal Biosciences, sediada em Dallas, anunciaram que os lobos terríveis foram desextintos, mesmo com o anúncio muitas pessoas ainda acham inacreditável o fato de algo assim, ter acontecido.
O que eram os lobos terríveis?
Nome científico: Aenocyon dirus (significa “lobo terrível estranho”)
Tamanho: até 1,5 metros de comprimento e cerca de 70 kg
Habitat: pradarias, florestas e regiões mais secas da América do Norte e partes da América do Sul
Alimentação: carnívoros — caçavam cavalos pré-históricos, bisões, preguiças gigantes, etc.
Extinção: há cerca de 10 mil anos, possivelmente devido às mudanças climáticas e à extinção de grandes presas
Apesar do nome dramático, os lobos terríveis eram predadores sociais e provavelmente caçavam em grupo, como os lobos modernos. No entanto, eles não eram ancestrais diretos dos lobos de hoje — eles evoluíram paralelamente.

Os lobos terríveis foram desextintos?
Curiosamente, sim — em parte! Cientificamente falando, ainda não foram desextintos de verdade, os cientistas da Colossal criaram três crias de lobo-terrível utilizando ADN antigo, clonagem e tecnologia de edição de genes para alterar os genes de um lobo cinzento, o parente vivo mais próximo do lobo pré-histórico, anunciou a empresa esta segunda-feira. O resultado é essencialmente uma espécie híbrida de aparência semelhante à do seu antecessor extinto.
Genética moderna:
Em 2021, um estudo genético surpreendente revelou que os lobos terríveis não eram tão próximos dos lobos modernos quanto se pensava.
Eles divergiram dos canídeos modernos há cerca de 5,7 milhões de anos.
Isso significa que não poderiam cruzar com lobos modernos, como se especulava antes.
Utilizando ADN antigo extraído de dois fósseis de lobo-terrível, os cientistas e colaboradores da Colossal afirmaram ter conseguido reunir dois genomas de alta qualidade do Aenocyon dirus, ou conjuntos completos de informação genética.
A equipa comparou os genomas com os de canídeos vivos, como lobos, chacais e raposas, para identificar as variantes genéticas de caraterísticas específicas dos lobos-terríveis, como a pelagem branca e o pelo mais comprido e espesso.
A empresa utilizou então a informação da análise genética para alterar as células do lobo cinzento, fazendo 20 edições em 14 genes antes de clonar as linhas celulares mais promissoras e transferi-las para óvulos de dadores, de acordo com o comunicado de imprensa.
“Embriões saudáveis em desenvolvimento foram então transferidos para mães de aluguer para uma gestação interespécies”, com três gravidezes que levaram ao nascimento da primeira espécie em vias de extinção, revelou a Colossal na sua declaração. A empresa confirmou à CNN que utilizou cães domésticos – especificamente cães de grande porte e de raça mista – como substitutos.
Desextinção em ficção e mídia:
Os lobos terríveis ficaram famosos graças à série “Game of Thrones”, onde os “direwolves” acompanham os filhos da Casa Stark.
Mas os animais da série são inspirados, não recriações reais.
Projetos reais de desextinção:
Atualmente, há projetos de desextinção envolvendo mamutes, pombos-passageiros e tigres-da-tasmânia, mas não há projetos ativos para trazer lobos terríveis de volta — em parte porque seu DNA está muito degradado.
Curiosidades:
Os fósseis de lobo terrível são comuns no sítio fóssil de La Brea Tar Pits, em Los Angeles.
Eles conviviam com outros grandes predadores, como o tigre-dente-de-sabre e o urso de cara curta.
Tinham uma mordida mais forte que os lobos modernos, ideal para esmagar ossos.
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