A camada de ozônio está se recuperando?

Essa é uma ótima pergunta, e na verdade a camada de ozônio foi uma grande preocupação global nas décadas de 1980 e 1990, mas a razão pela qual quase não ouvimos mais falar sobre ela hoje em dia é porque o mundo, surpreendentemente, agiu — e funcionou! E fica a pergunta: A camada de ozônio está se recuperando? Bom primeiro vamos enteder um pouco sobre a camada de ozônio.

O que é a camada de ozônio? 

A camada de ozônio é uma região da estratosfera (mais ou menos 15 a 35 km acima da superfície da Terra) que contém uma concentração relativamente alta de ozônio (O₃). Ela é fundamental para a vida na Terra porque absorve a maior parte da radiação ultravioleta (UV) nociva do Sol, protegendo plantas, animais e seres humanos. 

Como começou o problema? 

Nos anos 1970 e 1980, os cientistas descobriram que substâncias químicas chamadas CFCs (clorofluorcarbonetos) — usadas em aerossois, geladeiras, ar-condicionado e espumas isolantes — estavam subindo até a estratosfera e destruindo o ozônio. 

O alarme tocou quando, em 1985, cientistas detectaram um “buraco” na camada de ozônio sobre a Antártida. Isso causou grande preocupação internacional, porque níveis elevados de radiação UV podem aumentar o risco de câncer de pele, catarata, e prejudicar ecossistemas inteiros. 

Quais são as consequências do buraco na camada de ozônio? 

“A permanência de buracos na camada de ozônio é prejudicial para o equilíbrio do meio ambiente e para as diferentes formas de vida no planeta Terra, o que inclui os seres humanos, justamente por permitirem a chegada de raios ultravioleta (UV) na superfície terrestre. Dentre as principais consequências do buraco na camada de ozônio estão: 

  •   Aumento da temperatura da água em corpos hídricos; 

  

  • Intensificação de problemas ambientais como o aquecimento global e, por conseguinte, as mudanças nos padrões atmosféricos (isto é, no clima); 

  

  • Alterações nos ecossistemas marinhos e terrestres, o que pode provocar a destruição de habitats e a perda de biodiversidade; 

  

  • Menor produtividade das lavouras, o que reflete na produção de alimentos; 

  

  • Desregulação de ciclos naturais de organismos como plantas e algas, a exemplo da fotossíntese e do seu processo de crescimento e desenvolvimento; 

  

Prejuízos severos à saúde humana, como o desenvolvimento de câncer de pele, problemas oculares, queimaduras, envelhecimento precoce e enfraquecimento do sistema imunológico.” 

  

O que foi feito? 

Veio então o que muitos consideram um dos maiores sucessos da diplomacia ambiental internacional: 

 Protocolo de Montreal (1987) 

Um acordo global para banir gradualmente o uso de CFCs e outras substâncias que destroem o ozônio. 

Foi assinado por todos os países membros da ONU. 

Substâncias alternativas foram desenvolvidas. 

Esse tratado é muitas vezes lembrado como um exemplo de cooperação internacional eficaz em questões ambientais. 

Graças ao Protocolo de Montreal: um tratado internacional assinado no dia 16 de setembro de 1987 na cidade de Montreal, no Canadá. Esse acordo versa sobre a proibição da emissão de substâncias causadoras da destruição da camada de ozônio, com destaque para os gases CFC e HCFC usados em aerossóis e como substâncias refrigerantes. As medidas do protocolo foram colocadas em prática a partir de 1989, e seu texto sofreu inúmeras revisões entre 1990 e 2016. 

  

Hoje em dia, 198 países ratificam o Protocolo de Montreal, razão pela qual é considerado o primeiro tratado universal em vigência. O Brasil ratificou esse acordo por meio do Decreto nº 99.280, que data de 6 de junho de 1990. 

  

Resultante da Convenção de Viena para Proteção da Camada de Ozônio, o Protocolo de Montreal se mostrou eficaz em seu principal objetivo. Ainda que tenha se observado uma melhora na recuperação do ozônio na atmosfera, vimos que recentemente o buraco na camada de ozônio voltou a ser motivo de preocupação. Isso porque, mesmo com a proibição das emissões de CFC, esses compostos permanecem na atmosfera por um longo tempo e, somados a outros poluentes, dão continuidade ao problema. 

 A camada de ozônio está se recuperando? 

O “buraco” sobre a Antártida vem diminuindo desde o início dos anos 2000, então, sim a camada de ozônio está se recuperando.

Estimativas indicam que a camada pode voltar aos níveis de 1980 até a metade do século 21 (cerca de 2045–2065, dependendo da região). 

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